terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

..."Não ser um normal, se eu posso pensar que Deus sou eu"...


Intitulei este post com parte da música de Nei Matogrosso, porque esta frase cai como uma luva em dois assuntos que quero abordar. 
O primeiro, o time do Inter. O Elenco do Inter. Depois de uma boa apresentação do time titular em dois jogos, temos uma apresentação mediana do time reserva em dois jogos. Em todos os bloggers, comentários em redes sociais, a opinião é quase unânime, no sentido que a time reserva tem obrigação de jogar melhor contra os adversários que se apresentam no gauchão.
Discordo. Sempre que se muda o time, há um certo desentrosamento, principalmente em inicio de temporada, a não ser que se tenha em campo dentre estes reservas , peças muito diferenciadas e capazes de desequilibrar, o que, por si só é um desatino, já que quem desequilibra é titular incontestável. 
Pensei que teríamos pelo menos um gauchão sem som de fanfarra, mas a turma do sopro está mais ativa que nunca. Espero que este ano a história seja diferente,  e que novamente não tenhamos que substituir técnico antes mesmo de o contratado apresentar e entrosar a equipe, de modificar e ajeitar as coisas no devido tempo. 

Claro. Quero ganhar tudo, mas se não ganhar, tenho a paciência de entender que um técnico precisa de tempo para trabalhar e que muitas vezes o primeiro ano dentro de uma equipe é o passo para conhecer, arrumar a casa e implantar seu estilo de jogo, sua visão de grupo.


Vejo o time do Inter bem. Entro em comparativos, é claro. Santos tem a mesma base há algum tempo. Entrou no campeonato paulista e perdeu jogos de forma até assustadora, tendo em vista que., conforme difundido, tem o maior craque do Brasil, quiçá do mundo, em campo. São Paulo, disputando libertadores, põe em campo um time reserva que dá vontade de chorar. Se fosse São Paulina eu o faria, como não sou, dou risada. O que falar então da outra equipe do RS, que embora  frequentadora da segunda divisão, esteja entre as grandes Em duas partidas, duas goleadas. Derrotas ridículas por sua vez, contra o juventude e outro time que nem lembro. Então, vamos devagar no andor. Gauchão é apenas o início e muitos destes reservas que aí estão certamente serão utilizados e, tenho certeza, serão importantes nos campeonatos que vem por aí.


O Outro assunto que quero abordar, é algo que me irrita profundamente. Eu tenho uma grande reserva com torcidas organizadas. Até um tempo atrás, ainda tinha a vantagem de pensar que pelo menos no Inter, a gente não presenciava a violência comum em outros times. Até acontecer aquele fato lamentável de insanidade no Beira Rio,(não vou falar da pessoa ou relembrar os pormenores porque nem vale a pena). Independente do fato, me irrita a maneira como se portam estas organizadas, e nada tenho contra um grupo se organizar e se dar nome e vestir camiseta igual. Acho que faz parte da condição humana a necessidade de pertencer, de diferenciar-se dos demais, de não cair no comum. 


Mas sinceramente, enche o saco esta mania irritante de abordagem que todos estes grupos tem de se referir ao torcedor que frequenta o estádio. A expressão "Torcedor comum" virou quase um estigma. E quem diabos disse que o torcedor de organizada não é comum? Torcedor é torcedor. Não interessa se vai a jogo vestindo sua camisa , leva seu filho, vai com um amigo e não participa de nenhuma fraternidade. É torcedor, tem os mesmos direitos de ficar, cantar , ser, estar e permanecer no estádio. Paga sua mensalidade como sócio, ama o time da mesma maneira, faz sacrifícios igual. Agora, se é para falar de comum, o fato desta diferença que me irrita, é a mesma que irrita os tais torcedores especiais das organizadas, que é a associação de violência com estes grupos. Quando falo isso, muitos dizem...." mas não são todas, são algumas pessoas" . Certo. São algumas pessoas. Mas a porcaria de toda esta coisa é que, só alguns são violentos, mas todos que pertencem a qualquer denominação dentro de uma torcida (nada mais que isso, grupos DENTRO de UMA torcida) precisam cair na real.,Podem até dizer "ninguém fala em torcedor comum pejorativamente". Óbvio. Era só o que faltava. Comum, para mim, é ver estádio cheio. Seja de torcedor com "sou diferente" escrito nas costas, ou nada escrito. Torcedor é torcedor e fim de papo.
E se alguém achar ruim, azar. "...mais louco é quem me diz, e não é feliz". E não esqueçam: ser diferente, é NORMAL.


Muito nhem nhem nhem pro meu gosto.


Saudações Vermelhas Colorados


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